UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE
UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO
DE PEDAGOGIA
TCHAN,
TCHAN, TCHAN, TCHAN...
A
CRIANÇA COMO PROTAGONISTA DA SUA HISTÓRIA.
INHUMAS-GO
2012
UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE
UNIVERSITÁRIA DE INHUMAS
CURSO
DE PEDAGOGIA
CLÉLIA
BUENO
FRANCIELLE
VIEIRA
HELAINE
SOCORRO
MEIRIELLY
ALVES
TATIANE
RAMOS
TCHAN,
TCHAN, TCHAN, TCHAN...
A
CRIANÇA COMO PROTAGONISTA DA SUA HISTÓRIA.
INHUMAS-GO
2012
Tema
Criança como sujeito de
direito.
Titulo
Tchan, tchan, tchan, tchan...
A criança como protagonista da sua história.
Apresentação
O presente projeto “Tchan,
tchan, tchan, tchan... A criança como protagonista da sua história”
foi elaborado pelas acadêmicas: Clélia Bueno, Francielle Vieira,
Helaine Socorro, Meirielly Alves e Tatiane Ramos, do 3º ano do curso
de pedagogia da UEG – Unidade Universitária de Inhumas.
Os motivos que nos levaram a
elaborar este projeto foram às vivências na educação infantil,
onde percebemos que a criança ainda não é vista totalmente como
sujeito de direitos. De acordo com os estudos teóricos realizados,
percebemos que é preciso uma compreensão sobre a educação
infantil: a criança deve ser reconhecida como um ser ativo e
competente.
Percebemos que na creche o
cuidar se sobrepõe ao educar e na pré-escola vimos que o educar
prevalece sobre o cuidar, em que a questão de aprender, é vista
como preparação para o ensino fundamental.
Com base nessas observações
temos como objetivo buscar neste projeto a indissociabilidade entre o
cuidar e o educar, enfatizando que as atividades de cuidado/educação
devem garantir os direitos das crianças. Rosa e Lopes (2008, p. 63)
“Brincando, a criança aprende a ser humana, solidaria, aprende a
viver, a sonhar, a imaginar, a ter autonomia e a construir
conhecimento sobre o mundo a sua volta”.
A educação infantil passou
por algumas transformações ao longo do tempo e a tarefa de atribuir
direitos as crianças percorreu um árduo caminho. Muitas dessas
dificuldades foram por causa da lenta conscientização da sociedade
sobre a necessidade de reconhecer as crianças como sujeito de
direitos e um grande marco que diz respeito aos direitos das crianças
foi a promulgação da constituição de 1988, no artigo: 227 que
prevê a educação para as crianças pequenas, como uma opção da
família e um dever do Estado. Essa conquista também foi reforçada
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente na década de 90 que parte
do pressuposto que toda criança e adolescente são cidadãos
independentes de sua classe social.
De acordo com a LDB (9.394/96)
o atendimento a criança de 0 a 6 anos de idade como primeira etapa
da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento
intelectual e social. De acordo com o documento do MEC-COED (1995)
que estabelece critérios para atendimento em creches:
Nossas
crianças têm direito à brincadeira; nossas crianças têm direito
a atenção individual; nossas crianças têm direito a um ambiente
aconchegante, seguro e estimulante; nossas crianças têm direito a
higiene e a saúde; nossas crianças têm direito a desenvolver a
curiosidade, a imaginação e capacidade de expressão; nossas
crianças têm direito a proteção, ao afeto e a amizade [...].
(apud: RECH, Ilona, 2006, p. 70).
Nessa perspectiva percebemos
que a criança desde o berçário, deve ser considerada como sujeito
de direitos. O educador precisa ter um olhar sensível diante dos
seus gestos e expressões. Como diz Ostetto (2002, p. 191) “ao
atender o bebê, o adulto não apenas lhe dá cuidado físico, mas o
insere no mundo simbólico de sua cultura ao interpretar suas
expressões, gestos, posturas.”
Mediante as vivências no
berçário percebemos que o banho é um momento muito importante para
a criança e para o educador, pois eles estão interagindo, nessa
perspectiva buscamos referência em Schultz (1997, p. 342) que diz:
“O banho deve ser um momento mágico e prazeroso para a criança e
para o adulto que o proporciona”.
Seguindo a mesma perspectiva,
pretendemos desenvolver este projeto para mostrar que com pequenas
ações como brincar, o aconchegar, a troca de olhar durante o banho
e a alimentação, podem fazer a diferença no desenvolvimento da
criança. Como afirma Rosa e Lopes (2009, p. 62) “Cabe a nos,
educadores, reconhecer a importância que exige na forma de expressão
dos pequenos, valorizando cada gesto, cada sorriso [...]”.
No decorrer de nossas
vivências nos sentimos instigadas a conhecer e aperfeiçoar a
prática na pré-escola, que é outra etapa onde a criança de 4 a 5
anos se insere. Podemos observar que nesta fase a criança necessita
também de brincadeiras, atenção e oportunidades para se descobrir.
Durante a brincadeira o professor deve percebê-la como um ser ativo
e autor de suas descobertas. Como diz Rosa e Lopes (2008, p. 63)
“Brincando, a criança aprende a ser humana, solidaria, aprende a
viver, a sonhar, a imaginar, a ter autonomia e a construir
conhecimento sobre o mundo a sua volta”.
Nesse contexto observamos que
a brincadeira propicia para a criança a descoberta, e os leva a
imaginar e imitar atitudes que são referentes ao adulto, é
importante que o educador haja como mediador e observador percebendo
que o momento de brincar além de ser prazeroso, proporciona varias
aprendizagens. Segundo Rosa e Lopes:
O olhar
do professor, diante das interações, das experiências e das
brincadeiras dos pequenos deve ser um olhar sensível que busca
constantemente e que qualifica o vivido e o experenciado, que da
importância ao fazer da criança. É esse olhar que torna o
professor não somente um observador, mas um investigador, um
pesquisador. (2009, p.64).
Diante destes questionamentos
que foram citados, o nosso objetivo maior é resgatar e priorizar a
criança como sujeito de direitos, dando atenção as suas
necessidades, valorizando sua imaginação e criatividade, abrindo
novos caminhos para seu desenvolvimento e aprendizagem, com a
intenção de resgatar na educação infantil as brincadeiras,
expressões, desejos e vontades das mesmas.
Objetivo Geral
- Proporcionar as crianças situações significativas onde elas possam se sentir sujeitos de suas ações para ampliar suas relações afetivas e sociais.
Objetivos
específicos
- Promover espaços/situações para que a criança possa manifestar seus desejos, vontades, necessidades, desagrados e sentimentos por meio da linguagem corporal e oral;
- Propiciar um ambiente acolhedor e seguro para a criança, possibilitando um pleno desenvolvimento físico, emocional e social;
- Proporcionar atividades variadas realizando uma observação dos interesses e necessidades das crianças;
- Promover o desenvolvimento de vínculos afetivos e de trocas com adultos e crianças fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação;
- Desenvolver a autonomia durante as refeições e na escolha dos brinquedos que lhe agradam;
- Descobrir o mundo sonoro à sua volta e valorizá-lo;
- Ampliar progressivamente a destreza de deslocar-se no espaço (engatinhar, andar, correr, saltar, etc.);
- Experimentar situações de interação com a música, a dança e outros movimentos corporais;
Área
de experiência, atividades e situações significativas.
Este projeto será
desenvolvido no estágio II onde será definido de acordo com cada
campo: creche/berçário e pré-escola.
Recursos
- CDs de Músicas;
- Jogos;
- Brinquedos;
- Tintas;
- Giz de cera;
- Lápis de cor;
- Atividades em grupo;
- Objeto de higiene (escovinha de dente);
- Vídeo;
- E outros recursos que forem surgindo no decorrer da realização do projeto.
Cronograma
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Maio
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Junho
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Agosto
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Setembro
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Outubro
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Novembro
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Elaboração
do projeto.
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X
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X
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Execução
do projeto creche – berçário.
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X
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X
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X
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Execução
do projeto pré-escola – 1º período.
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X
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X
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Avaliação
De acordo com Luckesi (1999,
p.165) “A atividade de avaliar caracteriza-se como um meio
subsidiário do crescimento; meio subsidiário da construção do
resultado satisfatório”. Neste sentido o projeto será avaliado de
forma continua a partir da participação, desempenho, cooperativismo
e integração do grupo durante o desenvolvimento do mesmo. Portanto
verificamos que no cotidiano tanto os atos simples quanto os mais
complexos, a avaliação é subsidiada através da obtenção de
resultados satisfatórios.
A avaliação é um momento do
ensino de muita importância para o professor, pois é um meio de
diagnosticar a realidade dos alunos. É muito mais importante para as
crianças, porque através da avaliação que ela pode conhecer sua
situação sendo ela a ultima etapa do processo ensino-aprendizagem.
Referências
FERREIRA, Maria
Clotilde Rosseti. A
necessária associação entre educar e cuidar.
Pátio educação infantil. Ano 1 nº 1, Abril, julho 2003, p 10.
OSTETTO, L. E.
Encontro
e encantamento na educação infantil: partilhando experiências de
estágio. Campinas:
Papirus, 2002, p. 191.
RECH, Ilona Patrícia
Freire. A
hora da atividade. In:
MARTINS FILHO, Altino José. Infância plural: crianças do nosso
tempo. Porto Alegre, RS: Mediação. 2006, p. 70.
ROSA, Cristina Dias;
LOPES, Elisandra Silva. Aventura
de viver, conviver e aprender com as crianças. In:
OSTETTO, Luciana Esmeralda (org). Educação
Infantil: saberes e fazeres da formação de professores.
Campinas, São Paulo: Papirus, 2008, p. 62-63 e 64.
SCHULTZ, Lenita
Maria Junqueira. Professores
de bebê. In:
educativo. Goiânia: Dep. de educação da UCG. 1997 p.342.
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